Desce a rua nervoso. Limpa a cada 10 passos as maõs às calças e se não soubesse do que se tratava jurava que o coração lhe ia saltar pela boca, mas que se não vai, está quase a sufoca-lo, que porcaria de sítio para se ir meter o coração, onde já se viu, colado à traqueia. Passa por um espelho e sente-se rídiculo, pensa que de todas as calças que podia trazer aquelas eram as piores e aquela t-shirt, francamente, que falta de gosto, já para não falar do cabelo, meu deus, o cabelo!
Mas quem é que disse que de minha casa aos Restauradores são só 15m? Que atrasados, que bestas, estou nisto à horas e nunca mais chego lá. Já tou todo suado, lindo serviço. A aparente calma e ar envergonhado que apresenta por fora, contrasta com pânico e confusão típica de um cenário de combate que lhe assola a alma e o desnorteia. De facto a viagem leva mais que 15m, mas só porque Francisco já se enganou 4 vezes ao virar em ruas erradas, optou por 3 ruas sem saída e muitas vezes simplesmente ficou parado sem saber para onde ir, logo ele, que conhece Lisboa tão bem.
Sabe perfeitamente porque está assim, mas se alguém perguntar prefere mentir. Conhecido pelas paixões frívolas, de uma noite só, até ao extase e o consequente cigarro, pessoa racional, independente, tem um dominio sobre o sentimento de facto notável. Ora então como me foi isto acontecer? Sim era o "isto" que lhe tinha posto assim, deitando por terra as suas teorias racionais sobre as quais tinha gasto horas a fio, talvez dias mesmo. Em suma, está apaixonado.
Típico player, pessoa de raras paixões, odeia tanto quanto adora sentir-se assim, motivado. Porque a este nervosismo antecedeu-se algo fantástico na vida de um apático: sentiu vontade. Sentiu vontade de estar ao pé de, de conhecer, curiosidade em descobrir quem ela é de facto, a sua história até ao dia que a conheceu, os sonhos que a guiam num futuro a curto/longo prazo.
Porque segundo Francisco existe pouca gente interessante e que valha a pena para além de uma noite de sexo, muitas que nem isso valem. Como costuma dizer para quem quer ouvir, e até para que não quer, poucas foram as mulheres na minha vida em que tive mesmo gosto de estar à conversa com elas, em que a minha atenção pelos barbaridades e coisas de pouco interesse que diziam não fossem guiadas somente por um objectivo só. Bem sobre isso não preciso falar, porque a este ponto já perceberam qual. É uma arrogância e um narcisismo gigantes, que fazem parte da sua personalidade tal como a àgua faz parte do gelo. Indissociável portanto.
E foi assim que, após algum desespero, nunca confirmado a ninguém, que após ano e muito de não encontrar ninguém que de facto o motivasse mesmo, que o deixasse neste nervosismo absurdo mas sincero, encontrou Inês.
O facto de que paixões tão repentinas são típicas naquele tipo de gajos (e miudas também) rídiculos que conhecem hoje, amam amanhã e querer casar no fim-de-semana, irrita-o, porque como leu em algum lado, hoje em dia os namorados e os apaixonados são todos uns cobardes, incapazes do que seja, escondem-se atrás do controle que o telemóvel permite, não há magia, não há surpresa, só o que é certo que corra bem, não há, acima de tudo, risco. Pudera, com bestas como aquelas, o mais razoavel e equilibrado dos seres humanos que se ponha com grandes voos acaba sempre visto como um desequilibrado carente. Sim porque cada vez mais, a aparência nesta sociedade de aparências é tudo.
Mas Francisco aprendeu a não ligar a isso e a muito mais. Não tem vergonha de dizer "tu fascinas-me", porque sabe que isso tem um valor para si, não significa que já ame loucamente. Amar, isso talvez nem exista e se existe não é da noite para o dia que se sente.
E foi "isso" que Inês lhe fez. Fascinou-o. Mal a viu ia jurar que lhe tremeu os joelhos, que o .coração bateu tanto que sentiu que ia rebentar e que nunca disse piadas tão parvas a ninguém. E da história de Francisco e Inês é isto que se sabe ou isto que se soube. A ver vamos se será uma história com presente e futuro ou algo do passado. Foram estes os últimos pensamentos que lhe passearam pelas ideias, quando a viu ao longe e mais uma vez viu aquele sorriso que lhe parece é a cada dia mais lindo. Nisto, la estava ela a dois passos dele, com um brilho nos olhos que ia jurar que já tinha visto nalgum lado.
Mas quem é que disse que de minha casa aos Restauradores são só 15m? Que atrasados, que bestas, estou nisto à horas e nunca mais chego lá. Já tou todo suado, lindo serviço. A aparente calma e ar envergonhado que apresenta por fora, contrasta com pânico e confusão típica de um cenário de combate que lhe assola a alma e o desnorteia. De facto a viagem leva mais que 15m, mas só porque Francisco já se enganou 4 vezes ao virar em ruas erradas, optou por 3 ruas sem saída e muitas vezes simplesmente ficou parado sem saber para onde ir, logo ele, que conhece Lisboa tão bem.
Sabe perfeitamente porque está assim, mas se alguém perguntar prefere mentir. Conhecido pelas paixões frívolas, de uma noite só, até ao extase e o consequente cigarro, pessoa racional, independente, tem um dominio sobre o sentimento de facto notável. Ora então como me foi isto acontecer? Sim era o "isto" que lhe tinha posto assim, deitando por terra as suas teorias racionais sobre as quais tinha gasto horas a fio, talvez dias mesmo. Em suma, está apaixonado.
Típico player, pessoa de raras paixões, odeia tanto quanto adora sentir-se assim, motivado. Porque a este nervosismo antecedeu-se algo fantástico na vida de um apático: sentiu vontade. Sentiu vontade de estar ao pé de, de conhecer, curiosidade em descobrir quem ela é de facto, a sua história até ao dia que a conheceu, os sonhos que a guiam num futuro a curto/longo prazo.
Porque segundo Francisco existe pouca gente interessante e que valha a pena para além de uma noite de sexo, muitas que nem isso valem. Como costuma dizer para quem quer ouvir, e até para que não quer, poucas foram as mulheres na minha vida em que tive mesmo gosto de estar à conversa com elas, em que a minha atenção pelos barbaridades e coisas de pouco interesse que diziam não fossem guiadas somente por um objectivo só. Bem sobre isso não preciso falar, porque a este ponto já perceberam qual. É uma arrogância e um narcisismo gigantes, que fazem parte da sua personalidade tal como a àgua faz parte do gelo. Indissociável portanto.
E foi assim que, após algum desespero, nunca confirmado a ninguém, que após ano e muito de não encontrar ninguém que de facto o motivasse mesmo, que o deixasse neste nervosismo absurdo mas sincero, encontrou Inês.
O facto de que paixões tão repentinas são típicas naquele tipo de gajos (e miudas também) rídiculos que conhecem hoje, amam amanhã e querer casar no fim-de-semana, irrita-o, porque como leu em algum lado, hoje em dia os namorados e os apaixonados são todos uns cobardes, incapazes do que seja, escondem-se atrás do controle que o telemóvel permite, não há magia, não há surpresa, só o que é certo que corra bem, não há, acima de tudo, risco. Pudera, com bestas como aquelas, o mais razoavel e equilibrado dos seres humanos que se ponha com grandes voos acaba sempre visto como um desequilibrado carente. Sim porque cada vez mais, a aparência nesta sociedade de aparências é tudo.
Mas Francisco aprendeu a não ligar a isso e a muito mais. Não tem vergonha de dizer "tu fascinas-me", porque sabe que isso tem um valor para si, não significa que já ame loucamente. Amar, isso talvez nem exista e se existe não é da noite para o dia que se sente.
E foi "isso" que Inês lhe fez. Fascinou-o. Mal a viu ia jurar que lhe tremeu os joelhos, que o .coração bateu tanto que sentiu que ia rebentar e que nunca disse piadas tão parvas a ninguém. E da história de Francisco e Inês é isto que se sabe ou isto que se soube. A ver vamos se será uma história com presente e futuro ou algo do passado. Foram estes os últimos pensamentos que lhe passearam pelas ideias, quando a viu ao longe e mais uma vez viu aquele sorriso que lhe parece é a cada dia mais lindo. Nisto, la estava ela a dois passos dele, com um brilho nos olhos que ia jurar que já tinha visto nalgum lado.
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