É nestes momentos que Francisco jura a pés juntos que não percebe nada. É numa derradeira tentativa de compreender, que sai de casa mal vestido (um hábito na verdade) com marcas da almofada na cara, dando um ar de clara ausência de banho (compartilhado por certas pessoas q conhece contudo) e se dirige, por uma Alfama deserta num domingo de manhã na direcção do seu café, aquele espaço que funcionando como um ópio ele acredita que o ajudará a fazer-se "luz".
Vai num passo apressado, aproveitando todas as possibilidades de cortar caminho, quase atropelando dois turistas, mas nada o faz abrandar o passo e reduzir a ansiedade. Quando já à porta do café, percebe que os turistas eram duas suecas (need I to say more?) às quais ele nem sequer deitou olhos de ver, revolta-se, assusta-se mesmo e pensa que o caso é bem mais grave do que o que ele tinha previamente suposto.
Epah mas que merda, dá para uma vez em que preciso mesmo de vir cá, para vocês não estarem fechados?', pensa ao dar com a porta do seu "Pois" fechada. Óbvio, são só 10h30. Frustado por ter que esperar meia hora, acaba por se senter à porta, pois não quer ter que pensar em mais nada, tomar qualquer tipo de decisões, são 10h30 porra, devia era tar a dormir, quero que se lixe, agora espero.
Sentado, antes de ficar absorto nos pensamentos, espécie de estado vegetativo (rídiculo) que por vezes o apanha desprevenido, observa com requintes de taradez, o peito de uma milf que passando do outro lado rua, que decerto adorou aquele elogiou silencioso, pois o sorriso que fez quando cruzamos olhares foi de quem agradece, talvez também adore o elogio dos trolhas, no fundo não passa de mais uma labrega, apesar dos pontos positivos que aquele relevo "pulmonar" marcam a seu favor' pensa.
Mas a triste verdade é que não sentiu claro prazer com aquela observação. Sentia que era forçada, que passava sem ela, tal como passava sem observar as "touristes" dá'pouco. Nisto um frio percorre-lhe a espinha, assusta-se com os sintomas que qualquer médico já não teria dúvidas quanto á patologia e nisto lembra-se do sketch do Gato Fedorento, até que lhe fazia agora jeito ter ali um Fernando para o relembrar que nunca tinha visto um caso "tããã grave" e me curasse daquele estado', que só não apelidava de paneleiro porque vá lá, era dele mesmo que se está a falar.
É que reparem, nem é porque está muito apaixonado ou algo do género. Quer dizer, inegável o fascínio e a vontade de estar perto dela. Simplesmente sente-se o maior trapalhão quando está junto de Inês, tem as mãos sempre suadas (o que o faz sentir um miúdo de 14 anos), acha-se chato a cada palavra que diz, tem que fazer um esforço gigante para não ficar com ar de estúpido o olhar para os seus olhos e lhe dar um beijo a cada sorriso.
Só mais tarde quando a começa a ver ao longe, no outro lado da estação do Metro da Campo Pequeno e a vê a vir na sua direcção que percebe que gosta de tudo isto, que gosta de estar assim, que sempre percebeu perfeitamente tudo, era o medo de ser rotulado como um daqueles tipos ridículos, melosos em excesso, controladores instantâneos e a todo e cada minuto das 24 horas que tem o dia através das mensagem do telemóvel. Bem, no fundo, tinha medo ser mais um daqueles cliché, que gozava. Mas já percebeu que não é ou pelo menos acha que não é, porque atenção, nunca confiar muito nas opiniões racionais de um tipo que se encontra no estado de Francisco.
É quando ela já está quase ali perto dele em, em que já sente o seu perfume e sabe que os seus lábios estão quase a tocar nos dela, que serenamente pensa que sim que isto é tudo "muita" paneleiro, mas que ele até não se importa, que não se vai acobardar como sempre, que por ele, dando pequenos passos todos os dias até que um dos dois se farte de andar, vai continuar assim, parvo, passível de ser rotulado "caso tããã grave". Nisto Inês chega, beijam-se e tirando um ménage à trois com duas ninfo's suecas, sabe que é ali que quer estar.
E é deste modo que, arruinando com uma tirada perfeitamente desnecessária um texto genuninamente sentimental (para não dizer coisas piores) que Francisco lhe agradece aquela semana.
Vai num passo apressado, aproveitando todas as possibilidades de cortar caminho, quase atropelando dois turistas, mas nada o faz abrandar o passo e reduzir a ansiedade. Quando já à porta do café, percebe que os turistas eram duas suecas (need I to say more?) às quais ele nem sequer deitou olhos de ver, revolta-se, assusta-se mesmo e pensa que o caso é bem mais grave do que o que ele tinha previamente suposto.
Epah mas que merda, dá para uma vez em que preciso mesmo de vir cá, para vocês não estarem fechados?', pensa ao dar com a porta do seu "Pois" fechada. Óbvio, são só 10h30. Frustado por ter que esperar meia hora, acaba por se senter à porta, pois não quer ter que pensar em mais nada, tomar qualquer tipo de decisões, são 10h30 porra, devia era tar a dormir, quero que se lixe, agora espero.
Sentado, antes de ficar absorto nos pensamentos, espécie de estado vegetativo (rídiculo) que por vezes o apanha desprevenido, observa com requintes de taradez, o peito de uma milf que passando do outro lado rua, que decerto adorou aquele elogiou silencioso, pois o sorriso que fez quando cruzamos olhares foi de quem agradece, talvez também adore o elogio dos trolhas, no fundo não passa de mais uma labrega, apesar dos pontos positivos que aquele relevo "pulmonar" marcam a seu favor' pensa.
Mas a triste verdade é que não sentiu claro prazer com aquela observação. Sentia que era forçada, que passava sem ela, tal como passava sem observar as "touristes" dá'pouco. Nisto um frio percorre-lhe a espinha, assusta-se com os sintomas que qualquer médico já não teria dúvidas quanto á patologia e nisto lembra-se do sketch do Gato Fedorento, até que lhe fazia agora jeito ter ali um Fernando para o relembrar que nunca tinha visto um caso "tããã grave" e me curasse daquele estado', que só não apelidava de paneleiro porque vá lá, era dele mesmo que se está a falar.
É que reparem, nem é porque está muito apaixonado ou algo do género. Quer dizer, inegável o fascínio e a vontade de estar perto dela. Simplesmente sente-se o maior trapalhão quando está junto de Inês, tem as mãos sempre suadas (o que o faz sentir um miúdo de 14 anos), acha-se chato a cada palavra que diz, tem que fazer um esforço gigante para não ficar com ar de estúpido o olhar para os seus olhos e lhe dar um beijo a cada sorriso.
Só mais tarde quando a começa a ver ao longe, no outro lado da estação do Metro da Campo Pequeno e a vê a vir na sua direcção que percebe que gosta de tudo isto, que gosta de estar assim, que sempre percebeu perfeitamente tudo, era o medo de ser rotulado como um daqueles tipos ridículos, melosos em excesso, controladores instantâneos e a todo e cada minuto das 24 horas que tem o dia através das mensagem do telemóvel. Bem, no fundo, tinha medo ser mais um daqueles cliché, que gozava. Mas já percebeu que não é ou pelo menos acha que não é, porque atenção, nunca confiar muito nas opiniões racionais de um tipo que se encontra no estado de Francisco.
É quando ela já está quase ali perto dele em, em que já sente o seu perfume e sabe que os seus lábios estão quase a tocar nos dela, que serenamente pensa que sim que isto é tudo "muita" paneleiro, mas que ele até não se importa, que não se vai acobardar como sempre, que por ele, dando pequenos passos todos os dias até que um dos dois se farte de andar, vai continuar assim, parvo, passível de ser rotulado "caso tããã grave". Nisto Inês chega, beijam-se e tirando um ménage à trois com duas ninfo's suecas, sabe que é ali que quer estar.
E é deste modo que, arruinando com uma tirada perfeitamente desnecessária um texto genuninamente sentimental (para não dizer coisas piores) que Francisco lhe agradece aquela semana.
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