O melhor. Simplesmente tem o melhor ambiente, o melhor café, os melhores bolos caseiros, os melhores jornais. Sente-se inteligente, com bom gosto, adulto vá, ri-se da sua pretensiosidade enquanto pede mais uma fatia de bolo de chocolate. A empregada que o serve, tem um corpo fantástico e a algum custo tenta não ser descarado ao ponto que ela perceba que a está a observar. Francisco adora este seu novo estado de espírito, em que sente que consegue separar as suas observações de qualquer desejo directo. É como observar um quadro de Amadeo, não o querendo levar para casa, sem que isso tire qualquer piada à observação.
No fundo Francisco sempre padeceu de um narcisimo que já esteve mais longe de se inserir naquela mania de superioridade europeia que sempre considerou (e considera) insuportável, mas que sempre o fez rir, porque não existe nada melhor que gente sem noção da sua pretensiosidade. Em suma, nada o diverte mais que os "pseudos" da sociedade, mesmo quando se trata do seu projecto de pessoa.
Um dos pseudos que sempre observou, algumas vezes tendo mesmo manejado estes pseudos literalmente entenda-se, foram as "pseudo" provocantes, meninas que acham que são boazonas, giraças, chamem-lhe o que quiserem. E algumas são!, casos que, se retira o pseudo. O problema são aquelas que não são, não que as que o são sejam menos rídiculas atenção, só mesmo porque não têm tanta razão para se "acharem" com as que o são de facto. Acha que compreende, sem que na verdade concorde, porque tentam meter fotos em profiles de uma qualquer social utility, onde tentam mostrar as mamas que só o soutien alcochoado lhes permite ter, a barriga que só metendo o estômago para dentro parece estar quase em forma e o rabo com o qual nunca estão contentes, mas até que aquelas calças o fazem bastante apreciável. Não pensem que considera a vaidade uma futilidade, fazemos bem em ser vaidoso, mas como tudo na vida tudo deve ser q.b. e sempre com noção para não caírmos no rídiculo.
Que pretendem esta grande maioria de miudos e miudas da nossa sociedade, mesmo os com mais de 20 anos? Ir de encontro às expectativas de uma sociedade materialista? Ou esconder o facto de que não têm nada de interessante para dizer, coisa que só vos preocupa à noite no silêncio da cama, quando não estão rodeados dos vossos amigos igualmente ignorantes, igualmente contentes por não serem assim tão desinteressantes, mas que na verdade são?
É que honestamente já ninguém é envergonhado. Porque já todos somos os maiores. Só se é envergonhado quando se é feio ou para fazer jogo de menina pura. A vergonha está directamente ligada ao grau de beleza e quando não está, não é infelizmente sinal de nada de bom. Mas devia. Porque raio é que somos todos SÓ materialistas? Sim porque não é contra o materialismo, sabe o quanto adora um bom corpo, uma mulher bem vestida, um sorriso bonito. Fazem parte das coisas boas da vida. Mas se isto não estiver ligado a uma pessoa interessante, cativante, preocupada com algo que não o seu próprio ego, vale mais que uma noite de sexo, duas se for boa na cama? Não, acha que não. E francamente acha que só pode ser muita cega de alma a pessoa que sendo deste modo, 99% das mulheres com quem esteve até hoje, não entende porque não lhe ligou mais após aquela noite.
Acha que as pessoas deviam ter menos preocupações sobre rapazes e raparigas, ser mais seguras de si mesmas, estar mais desligadas dos materialismos, ter uma visão mais alargada da realidade. E acha rídicula que só conheça uma mão cheia de pessoas assim. É uma pessoa assim que procura.
Sabe que é por ser tão pretensioso, tão exigente com os outros à sua volta, que raramente pôs a hipótese de ter algo sério com alguém. Adora ser arrogante quando é, mas não gosta menos de ser prestável quando o tem que ser. Por ele raramente alguma está mesmo mal no que toca a si mesmo. Mas sempre foi a desilusão do nada que o rodeio, com a ridicularidade que sempre lhe parece as relações dos seus amigos e conhecidos à sua volta que o mais assustou. O modo como começavam, por carência ou por ser "o melhor que se arranja até se conseguir uma miuda mais gira", duas coisas nunca assumidas mas sempre facilmente subentendidas, como discutiam e tinham ciumes quase numa lógica de "tem de ser" (mas tem de ser porquê? gosta-se mais de alguém porque se fazem cenas de ciumes horriveis, ou provas de amor envolvendo relogios com a fotografia do casal? Ok esta última claramente é preciso ter uns tomates gigantes para se andar com um relógio destes, I'll give you that).
Diz isto tudo, tal como dizia antes, mesmo estando apaixonado. Já não nega. Sabe que é verdade. Quanto a isso acha que pode ser o início de algo muito bonito. Se vai ser, não sabe, sabe apenas que por agora tudo corre bem, mas também sabe pelo que viu á sua volta e alguma experiência própria tudo corre bem ao ínicio. Acha que se existir honestidade e partilhas de prismas quanto ao modo como viver algo em comum, no fundo partilha de valores, é mais que meio caminho andado para se ser feliz e Franciso sente que encontrou alguém assim. Pensa isto entre dois beijos a Inês, enquanto a olha nos olhos e pensa que já não quer perceber toda a futilidade do mundo, toda a arrogância em nada construtitiva, prefere nunca sair da idade dos porquês ou simplesmente considerar que existem coisas que não vale a pena que nos preocupemos por muito que sejam parte importante para que se perceba o porquê da infelicidade de muita gente. Não são da sua isso é certo. Olha-a mais uma vez nos olhos, observa o seu sorriso e sente que as mil dúvidas quanto a existência humana que o atormentam são substituidas por uma calma que o faz sorrir.
And you know what? He kind of likes it.
No fundo Francisco sempre padeceu de um narcisimo que já esteve mais longe de se inserir naquela mania de superioridade europeia que sempre considerou (e considera) insuportável, mas que sempre o fez rir, porque não existe nada melhor que gente sem noção da sua pretensiosidade. Em suma, nada o diverte mais que os "pseudos" da sociedade, mesmo quando se trata do seu projecto de pessoa.
Um dos pseudos que sempre observou, algumas vezes tendo mesmo manejado estes pseudos literalmente entenda-se, foram as "pseudo" provocantes, meninas que acham que são boazonas, giraças, chamem-lhe o que quiserem. E algumas são!, casos que, se retira o pseudo. O problema são aquelas que não são, não que as que o são sejam menos rídiculas atenção, só mesmo porque não têm tanta razão para se "acharem" com as que o são de facto. Acha que compreende, sem que na verdade concorde, porque tentam meter fotos em profiles de uma qualquer social utility, onde tentam mostrar as mamas que só o soutien alcochoado lhes permite ter, a barriga que só metendo o estômago para dentro parece estar quase em forma e o rabo com o qual nunca estão contentes, mas até que aquelas calças o fazem bastante apreciável. Não pensem que considera a vaidade uma futilidade, fazemos bem em ser vaidoso, mas como tudo na vida tudo deve ser q.b. e sempre com noção para não caírmos no rídiculo.
Que pretendem esta grande maioria de miudos e miudas da nossa sociedade, mesmo os com mais de 20 anos? Ir de encontro às expectativas de uma sociedade materialista? Ou esconder o facto de que não têm nada de interessante para dizer, coisa que só vos preocupa à noite no silêncio da cama, quando não estão rodeados dos vossos amigos igualmente ignorantes, igualmente contentes por não serem assim tão desinteressantes, mas que na verdade são?
É que honestamente já ninguém é envergonhado. Porque já todos somos os maiores. Só se é envergonhado quando se é feio ou para fazer jogo de menina pura. A vergonha está directamente ligada ao grau de beleza e quando não está, não é infelizmente sinal de nada de bom. Mas devia. Porque raio é que somos todos SÓ materialistas? Sim porque não é contra o materialismo, sabe o quanto adora um bom corpo, uma mulher bem vestida, um sorriso bonito. Fazem parte das coisas boas da vida. Mas se isto não estiver ligado a uma pessoa interessante, cativante, preocupada com algo que não o seu próprio ego, vale mais que uma noite de sexo, duas se for boa na cama? Não, acha que não. E francamente acha que só pode ser muita cega de alma a pessoa que sendo deste modo, 99% das mulheres com quem esteve até hoje, não entende porque não lhe ligou mais após aquela noite.
Acha que as pessoas deviam ter menos preocupações sobre rapazes e raparigas, ser mais seguras de si mesmas, estar mais desligadas dos materialismos, ter uma visão mais alargada da realidade. E acha rídicula que só conheça uma mão cheia de pessoas assim. É uma pessoa assim que procura.
Sabe que é por ser tão pretensioso, tão exigente com os outros à sua volta, que raramente pôs a hipótese de ter algo sério com alguém. Adora ser arrogante quando é, mas não gosta menos de ser prestável quando o tem que ser. Por ele raramente alguma está mesmo mal no que toca a si mesmo. Mas sempre foi a desilusão do nada que o rodeio, com a ridicularidade que sempre lhe parece as relações dos seus amigos e conhecidos à sua volta que o mais assustou. O modo como começavam, por carência ou por ser "o melhor que se arranja até se conseguir uma miuda mais gira", duas coisas nunca assumidas mas sempre facilmente subentendidas, como discutiam e tinham ciumes quase numa lógica de "tem de ser" (mas tem de ser porquê? gosta-se mais de alguém porque se fazem cenas de ciumes horriveis, ou provas de amor envolvendo relogios com a fotografia do casal? Ok esta última claramente é preciso ter uns tomates gigantes para se andar com um relógio destes, I'll give you that).
Diz isto tudo, tal como dizia antes, mesmo estando apaixonado. Já não nega. Sabe que é verdade. Quanto a isso acha que pode ser o início de algo muito bonito. Se vai ser, não sabe, sabe apenas que por agora tudo corre bem, mas também sabe pelo que viu á sua volta e alguma experiência própria tudo corre bem ao ínicio. Acha que se existir honestidade e partilhas de prismas quanto ao modo como viver algo em comum, no fundo partilha de valores, é mais que meio caminho andado para se ser feliz e Franciso sente que encontrou alguém assim. Pensa isto entre dois beijos a Inês, enquanto a olha nos olhos e pensa que já não quer perceber toda a futilidade do mundo, toda a arrogância em nada construtitiva, prefere nunca sair da idade dos porquês ou simplesmente considerar que existem coisas que não vale a pena que nos preocupemos por muito que sejam parte importante para que se perceba o porquê da infelicidade de muita gente. Não são da sua isso é certo. Olha-a mais uma vez nos olhos, observa o seu sorriso e sente que as mil dúvidas quanto a existência humana que o atormentam são substituidas por uma calma que o faz sorrir.
And you know what? He kind of likes it.
É nestes momentos que Francisco jura a pés juntos que não percebe nada. É numa derradeira tentativa de compreender, que sai de casa mal vestido (um hábito na verdade) com marcas da almofada na cara, dando um ar de clara ausência de banho (compartilhado por certas pessoas q conhece contudo) e se dirige, por uma Alfama deserta num domingo de manhã na direcção do seu café, aquele espaço que funcionando como um ópio ele acredita que o ajudará a fazer-se "luz".
Vai num passo apressado, aproveitando todas as possibilidades de cortar caminho, quase atropelando dois turistas, mas nada o faz abrandar o passo e reduzir a ansiedade. Quando já à porta do café, percebe que os turistas eram duas suecas (need I to say more?) às quais ele nem sequer deitou olhos de ver, revolta-se, assusta-se mesmo e pensa que o caso é bem mais grave do que o que ele tinha previamente suposto.
Epah mas que merda, dá para uma vez em que preciso mesmo de vir cá, para vocês não estarem fechados?', pensa ao dar com a porta do seu "Pois" fechada. Óbvio, são só 10h30. Frustado por ter que esperar meia hora, acaba por se senter à porta, pois não quer ter que pensar em mais nada, tomar qualquer tipo de decisões, são 10h30 porra, devia era tar a dormir, quero que se lixe, agora espero.
Sentado, antes de ficar absorto nos pensamentos, espécie de estado vegetativo (rídiculo) que por vezes o apanha desprevenido, observa com requintes de taradez, o peito de uma milf que passando do outro lado rua, que decerto adorou aquele elogiou silencioso, pois o sorriso que fez quando cruzamos olhares foi de quem agradece, talvez também adore o elogio dos trolhas, no fundo não passa de mais uma labrega, apesar dos pontos positivos que aquele relevo "pulmonar" marcam a seu favor' pensa.
Mas a triste verdade é que não sentiu claro prazer com aquela observação. Sentia que era forçada, que passava sem ela, tal como passava sem observar as "touristes" dá'pouco. Nisto um frio percorre-lhe a espinha, assusta-se com os sintomas que qualquer médico já não teria dúvidas quanto á patologia e nisto lembra-se do sketch do Gato Fedorento, até que lhe fazia agora jeito ter ali um Fernando para o relembrar que nunca tinha visto um caso "tããã grave" e me curasse daquele estado', que só não apelidava de paneleiro porque vá lá, era dele mesmo que se está a falar.
É que reparem, nem é porque está muito apaixonado ou algo do género. Quer dizer, inegável o fascínio e a vontade de estar perto dela. Simplesmente sente-se o maior trapalhão quando está junto de Inês, tem as mãos sempre suadas (o que o faz sentir um miúdo de 14 anos), acha-se chato a cada palavra que diz, tem que fazer um esforço gigante para não ficar com ar de estúpido o olhar para os seus olhos e lhe dar um beijo a cada sorriso.
Só mais tarde quando a começa a ver ao longe, no outro lado da estação do Metro da Campo Pequeno e a vê a vir na sua direcção que percebe que gosta de tudo isto, que gosta de estar assim, que sempre percebeu perfeitamente tudo, era o medo de ser rotulado como um daqueles tipos ridículos, melosos em excesso, controladores instantâneos e a todo e cada minuto das 24 horas que tem o dia através das mensagem do telemóvel. Bem, no fundo, tinha medo ser mais um daqueles cliché, que gozava. Mas já percebeu que não é ou pelo menos acha que não é, porque atenção, nunca confiar muito nas opiniões racionais de um tipo que se encontra no estado de Francisco.
É quando ela já está quase ali perto dele em, em que já sente o seu perfume e sabe que os seus lábios estão quase a tocar nos dela, que serenamente pensa que sim que isto é tudo "muita" paneleiro, mas que ele até não se importa, que não se vai acobardar como sempre, que por ele, dando pequenos passos todos os dias até que um dos dois se farte de andar, vai continuar assim, parvo, passível de ser rotulado "caso tããã grave". Nisto Inês chega, beijam-se e tirando um ménage à trois com duas ninfo's suecas, sabe que é ali que quer estar.
E é deste modo que, arruinando com uma tirada perfeitamente desnecessária um texto genuninamente sentimental (para não dizer coisas piores) que Francisco lhe agradece aquela semana.
Vai num passo apressado, aproveitando todas as possibilidades de cortar caminho, quase atropelando dois turistas, mas nada o faz abrandar o passo e reduzir a ansiedade. Quando já à porta do café, percebe que os turistas eram duas suecas (need I to say more?) às quais ele nem sequer deitou olhos de ver, revolta-se, assusta-se mesmo e pensa que o caso é bem mais grave do que o que ele tinha previamente suposto.
Epah mas que merda, dá para uma vez em que preciso mesmo de vir cá, para vocês não estarem fechados?', pensa ao dar com a porta do seu "Pois" fechada. Óbvio, são só 10h30. Frustado por ter que esperar meia hora, acaba por se senter à porta, pois não quer ter que pensar em mais nada, tomar qualquer tipo de decisões, são 10h30 porra, devia era tar a dormir, quero que se lixe, agora espero.
Sentado, antes de ficar absorto nos pensamentos, espécie de estado vegetativo (rídiculo) que por vezes o apanha desprevenido, observa com requintes de taradez, o peito de uma milf que passando do outro lado rua, que decerto adorou aquele elogiou silencioso, pois o sorriso que fez quando cruzamos olhares foi de quem agradece, talvez também adore o elogio dos trolhas, no fundo não passa de mais uma labrega, apesar dos pontos positivos que aquele relevo "pulmonar" marcam a seu favor' pensa.
Mas a triste verdade é que não sentiu claro prazer com aquela observação. Sentia que era forçada, que passava sem ela, tal como passava sem observar as "touristes" dá'pouco. Nisto um frio percorre-lhe a espinha, assusta-se com os sintomas que qualquer médico já não teria dúvidas quanto á patologia e nisto lembra-se do sketch do Gato Fedorento, até que lhe fazia agora jeito ter ali um Fernando para o relembrar que nunca tinha visto um caso "tããã grave" e me curasse daquele estado', que só não apelidava de paneleiro porque vá lá, era dele mesmo que se está a falar.
É que reparem, nem é porque está muito apaixonado ou algo do género. Quer dizer, inegável o fascínio e a vontade de estar perto dela. Simplesmente sente-se o maior trapalhão quando está junto de Inês, tem as mãos sempre suadas (o que o faz sentir um miúdo de 14 anos), acha-se chato a cada palavra que diz, tem que fazer um esforço gigante para não ficar com ar de estúpido o olhar para os seus olhos e lhe dar um beijo a cada sorriso.
Só mais tarde quando a começa a ver ao longe, no outro lado da estação do Metro da Campo Pequeno e a vê a vir na sua direcção que percebe que gosta de tudo isto, que gosta de estar assim, que sempre percebeu perfeitamente tudo, era o medo de ser rotulado como um daqueles tipos ridículos, melosos em excesso, controladores instantâneos e a todo e cada minuto das 24 horas que tem o dia através das mensagem do telemóvel. Bem, no fundo, tinha medo ser mais um daqueles cliché, que gozava. Mas já percebeu que não é ou pelo menos acha que não é, porque atenção, nunca confiar muito nas opiniões racionais de um tipo que se encontra no estado de Francisco.
É quando ela já está quase ali perto dele em, em que já sente o seu perfume e sabe que os seus lábios estão quase a tocar nos dela, que serenamente pensa que sim que isto é tudo "muita" paneleiro, mas que ele até não se importa, que não se vai acobardar como sempre, que por ele, dando pequenos passos todos os dias até que um dos dois se farte de andar, vai continuar assim, parvo, passível de ser rotulado "caso tããã grave". Nisto Inês chega, beijam-se e tirando um ménage à trois com duas ninfo's suecas, sabe que é ali que quer estar.
E é deste modo que, arruinando com uma tirada perfeitamente desnecessária um texto genuninamente sentimental (para não dizer coisas piores) que Francisco lhe agradece aquela semana.
Desce a rua nervoso. Limpa a cada 10 passos as maõs às calças e se não soubesse do que se tratava jurava que o coração lhe ia saltar pela boca, mas que se não vai, está quase a sufoca-lo, que porcaria de sítio para se ir meter o coração, onde já se viu, colado à traqueia. Passa por um espelho e sente-se rídiculo, pensa que de todas as calças que podia trazer aquelas eram as piores e aquela t-shirt, francamente, que falta de gosto, já para não falar do cabelo, meu deus, o cabelo!
Mas quem é que disse que de minha casa aos Restauradores são só 15m? Que atrasados, que bestas, estou nisto à horas e nunca mais chego lá. Já tou todo suado, lindo serviço. A aparente calma e ar envergonhado que apresenta por fora, contrasta com pânico e confusão típica de um cenário de combate que lhe assola a alma e o desnorteia. De facto a viagem leva mais que 15m, mas só porque Francisco já se enganou 4 vezes ao virar em ruas erradas, optou por 3 ruas sem saída e muitas vezes simplesmente ficou parado sem saber para onde ir, logo ele, que conhece Lisboa tão bem.
Sabe perfeitamente porque está assim, mas se alguém perguntar prefere mentir. Conhecido pelas paixões frívolas, de uma noite só, até ao extase e o consequente cigarro, pessoa racional, independente, tem um dominio sobre o sentimento de facto notável. Ora então como me foi isto acontecer? Sim era o "isto" que lhe tinha posto assim, deitando por terra as suas teorias racionais sobre as quais tinha gasto horas a fio, talvez dias mesmo. Em suma, está apaixonado.
Típico player, pessoa de raras paixões, odeia tanto quanto adora sentir-se assim, motivado. Porque a este nervosismo antecedeu-se algo fantástico na vida de um apático: sentiu vontade. Sentiu vontade de estar ao pé de, de conhecer, curiosidade em descobrir quem ela é de facto, a sua história até ao dia que a conheceu, os sonhos que a guiam num futuro a curto/longo prazo.
Porque segundo Francisco existe pouca gente interessante e que valha a pena para além de uma noite de sexo, muitas que nem isso valem. Como costuma dizer para quem quer ouvir, e até para que não quer, poucas foram as mulheres na minha vida em que tive mesmo gosto de estar à conversa com elas, em que a minha atenção pelos barbaridades e coisas de pouco interesse que diziam não fossem guiadas somente por um objectivo só. Bem sobre isso não preciso falar, porque a este ponto já perceberam qual. É uma arrogância e um narcisismo gigantes, que fazem parte da sua personalidade tal como a àgua faz parte do gelo. Indissociável portanto.
E foi assim que, após algum desespero, nunca confirmado a ninguém, que após ano e muito de não encontrar ninguém que de facto o motivasse mesmo, que o deixasse neste nervosismo absurdo mas sincero, encontrou Inês.
O facto de que paixões tão repentinas são típicas naquele tipo de gajos (e miudas também) rídiculos que conhecem hoje, amam amanhã e querer casar no fim-de-semana, irrita-o, porque como leu em algum lado, hoje em dia os namorados e os apaixonados são todos uns cobardes, incapazes do que seja, escondem-se atrás do controle que o telemóvel permite, não há magia, não há surpresa, só o que é certo que corra bem, não há, acima de tudo, risco. Pudera, com bestas como aquelas, o mais razoavel e equilibrado dos seres humanos que se ponha com grandes voos acaba sempre visto como um desequilibrado carente. Sim porque cada vez mais, a aparência nesta sociedade de aparências é tudo.
Mas Francisco aprendeu a não ligar a isso e a muito mais. Não tem vergonha de dizer "tu fascinas-me", porque sabe que isso tem um valor para si, não significa que já ame loucamente. Amar, isso talvez nem exista e se existe não é da noite para o dia que se sente.
E foi "isso" que Inês lhe fez. Fascinou-o. Mal a viu ia jurar que lhe tremeu os joelhos, que o .coração bateu tanto que sentiu que ia rebentar e que nunca disse piadas tão parvas a ninguém. E da história de Francisco e Inês é isto que se sabe ou isto que se soube. A ver vamos se será uma história com presente e futuro ou algo do passado. Foram estes os últimos pensamentos que lhe passearam pelas ideias, quando a viu ao longe e mais uma vez viu aquele sorriso que lhe parece é a cada dia mais lindo. Nisto, la estava ela a dois passos dele, com um brilho nos olhos que ia jurar que já tinha visto nalgum lado.
Mas quem é que disse que de minha casa aos Restauradores são só 15m? Que atrasados, que bestas, estou nisto à horas e nunca mais chego lá. Já tou todo suado, lindo serviço. A aparente calma e ar envergonhado que apresenta por fora, contrasta com pânico e confusão típica de um cenário de combate que lhe assola a alma e o desnorteia. De facto a viagem leva mais que 15m, mas só porque Francisco já se enganou 4 vezes ao virar em ruas erradas, optou por 3 ruas sem saída e muitas vezes simplesmente ficou parado sem saber para onde ir, logo ele, que conhece Lisboa tão bem.
Sabe perfeitamente porque está assim, mas se alguém perguntar prefere mentir. Conhecido pelas paixões frívolas, de uma noite só, até ao extase e o consequente cigarro, pessoa racional, independente, tem um dominio sobre o sentimento de facto notável. Ora então como me foi isto acontecer? Sim era o "isto" que lhe tinha posto assim, deitando por terra as suas teorias racionais sobre as quais tinha gasto horas a fio, talvez dias mesmo. Em suma, está apaixonado.
Típico player, pessoa de raras paixões, odeia tanto quanto adora sentir-se assim, motivado. Porque a este nervosismo antecedeu-se algo fantástico na vida de um apático: sentiu vontade. Sentiu vontade de estar ao pé de, de conhecer, curiosidade em descobrir quem ela é de facto, a sua história até ao dia que a conheceu, os sonhos que a guiam num futuro a curto/longo prazo.
Porque segundo Francisco existe pouca gente interessante e que valha a pena para além de uma noite de sexo, muitas que nem isso valem. Como costuma dizer para quem quer ouvir, e até para que não quer, poucas foram as mulheres na minha vida em que tive mesmo gosto de estar à conversa com elas, em que a minha atenção pelos barbaridades e coisas de pouco interesse que diziam não fossem guiadas somente por um objectivo só. Bem sobre isso não preciso falar, porque a este ponto já perceberam qual. É uma arrogância e um narcisismo gigantes, que fazem parte da sua personalidade tal como a àgua faz parte do gelo. Indissociável portanto.
E foi assim que, após algum desespero, nunca confirmado a ninguém, que após ano e muito de não encontrar ninguém que de facto o motivasse mesmo, que o deixasse neste nervosismo absurdo mas sincero, encontrou Inês.
O facto de que paixões tão repentinas são típicas naquele tipo de gajos (e miudas também) rídiculos que conhecem hoje, amam amanhã e querer casar no fim-de-semana, irrita-o, porque como leu em algum lado, hoje em dia os namorados e os apaixonados são todos uns cobardes, incapazes do que seja, escondem-se atrás do controle que o telemóvel permite, não há magia, não há surpresa, só o que é certo que corra bem, não há, acima de tudo, risco. Pudera, com bestas como aquelas, o mais razoavel e equilibrado dos seres humanos que se ponha com grandes voos acaba sempre visto como um desequilibrado carente. Sim porque cada vez mais, a aparência nesta sociedade de aparências é tudo.
Mas Francisco aprendeu a não ligar a isso e a muito mais. Não tem vergonha de dizer "tu fascinas-me", porque sabe que isso tem um valor para si, não significa que já ame loucamente. Amar, isso talvez nem exista e se existe não é da noite para o dia que se sente.
E foi "isso" que Inês lhe fez. Fascinou-o. Mal a viu ia jurar que lhe tremeu os joelhos, que o .coração bateu tanto que sentiu que ia rebentar e que nunca disse piadas tão parvas a ninguém. E da história de Francisco e Inês é isto que se sabe ou isto que se soube. A ver vamos se será uma história com presente e futuro ou algo do passado. Foram estes os últimos pensamentos que lhe passearam pelas ideias, quando a viu ao longe e mais uma vez viu aquele sorriso que lhe parece é a cada dia mais lindo. Nisto, la estava ela a dois passos dele, com um brilho nos olhos que ia jurar que já tinha visto nalgum lado.
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