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Um gajo quando acorda de manhã, se não tiver a próstata em chagas ou impotência acorda com a tusa do mijo. E mesmo que seja por razões biológicas acordamos já a pensar em sexo.

Naquelas primeiras horas matinais, enquanto toma banho, faz a barba, saí a rua em direcção ao serviço ou ao estudo e mesmo quando para no café para beber a bica da manhã e dar umas vista de olhos no jornal desportivo à procura de notícias do seu Benfica, pensa, sempre no plural sendo que o número depende do grau de pervertimento e/ou se teve sexo recentemente, no que fazia àquela matulona da secção de contabilidade ou à aquela colega que tem uma prateleira de fazer inveja ás do IKEA ou naquela contenda de ontem à noite que o opôs áquela gaja que andavamos a meses a querer fazer a folha ou à respeitosa namorada (que tem a lição na pota da língua.. literalmente). E isto em menos de de 2 horas.

O resto do dia ocupado com o trabalho, com um trabalho ou a tentar apanhar o que o prof disse sobre os pigmeus da Papua Nova Guiné e num esforço tremendo perceber o que é que esta merda tem a ver com o meu curso, mesmo aqui neste momento de esforço, pensamos sempre como a nossa chefe tá tão boa hoje ou como aquela colega que senta no outro lado da sala e sorri sempre para nós de um modo que nos faz pensar "o que tu queres sei eu" tá cumas mamas meu deus o que eu fazia com aquilo.

Quando as nossas obrigações profissionais ou estudantis acabam, caso não haja algum exame amanhã e mesmo assim ainda se arranja um tempinho, começamos 1 milésimo de segundo depois a pensar quem vai ser hoje, chances de sexo, cálculos de matemática avançada "to score".

Se tivermos namorada é tudo mais fácil, basta não provocar ou não deixar que nos provoquem ao ponto de começar daquelas discussões que já sabes que te vai obrigar a esforçar mais, se não temos alguém fixo, somos levados a ver as nossas opções e levar os cálculos de matemática avançada a outro nível. Depois de estarmos aliviados, mais leves e com muitas 625 calorias a menos, adormecemos. Se tudo correr bem ainda sonhamos com a Victoria Silvested a montar em nós como se nós fossemos o cavalo do Lucky Luke.

Eu não estou a dizer que sou assim, sou um ser mais complexo que isto, obviamente. Mas no fundo, um bocadinho mais um bocadinho menos, todos nós Homens somos assim.

Mai Nada

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